sexta-feira, 29 de julho de 2011

Algumas linhas sobre o amor deveriam fazer a diferença. Tudo seria muito mais simples. Deixariam de existir as dúvidas, as indefinições, as inseguranças.
Algumas linhas sobre a amizade deveriam iniciar a mudança. As coisas seriam menos dolorosas, mais vivas. A perfeição ficaria mais perto.
Mas não fazem nem iniciam coisa nenhuma. Palavras são isso mesmo: palavras. Não há conotação especial adicionada em relação a elas. A única coisa que faz as palavras ganharem significados ou proporções diferentes é a boca ou a mão que cria essas palavras.
O que hoje é dito por determinada pessoa e é ignorado e visto como mau, amanhã poderá ser a ideia mais brilhante do século. Apenas e só porque a personagem principal do enredo mudou. Às vezes, para pior.
Ocasionalmente, era bom pensarmos na vida e no significado que o amor e a amizade têm nela. Às vezes, era bom perceber que para haver amor tem de existir amizade e que para a amizade existir o amor é necessário.
Era bom que todos percebessem que não há acessórios. Um vive com o outro e um não existe sem o outro. É assim que deviamos pensar. Ou então não.
Talvez então o amor e a amizade tenham de ser separados por um muro de 7 metros. Não misturar prazer com trabalho, cometendo uma analogia assustadora.
Provavelmente, o mundo é longe de perfeito mas, provavelmente, nós fazemos com que o mundo continue assim.
Sempre, dia após dia, com malícia ou ingenuidade. Sem personalidade.

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