sábado, 9 de julho de 2011

A vida prega partida. Sim, para quem a conhece já sabe disso. Para quem ainda não a viveu, aqui fica um aviso: a vida prega partidas. E não tentes fugir, é inútil. Há partidas que existem por um bem. Há partidas que existem por um mal. E há partidas que existem só por existirem. A vida não é boa e não é justa. A vida não é nada além disso, vida. Somos nós que a fazemos. Quem a torna boa, ou não, somos nós. Cada bocadinho de nós é que cria a justiça e injustiça que a vida nos pode trazer. Podes fazer tudo, a vida não é o que tu queres. A vida é o que tu e milhares de pessoas, ou apenas mais uma pessoa, querem que seja. A vida não é imposta por uma só pessoa. A minha vida não é o que eu quero. Até certo ponto foi o que os meus pais quiseram. Agora é o que eu quero, mas o que eu quero está relacionado com os amigos, por isso, a vida não é SÓ o que eu quero. Desistam desse pensamento. A vida somos nós que a fazemos.

João fez a vida que ele e a ex mulher queriam. Agora, faz a vida que ele quer, sempre com uma percentagem no que o Gabriel quer. Mesmo que o Gabriel queira apenas brinquedos, João faz a vida assim. Ele conhece as partidas, ele conhece as injustiças e os sabores amargos que a vida nos prega. Mas porque ele assim quis, porque ele não teve coragem para mais. E ele não culpa mais ninguém sem ser a própria falta de vontade. Ele culpa o medo que teve, ele culpa-se. Sim, ele é assim. E eu não o julgo, porque eu conheço alguém exactamente como ele. O João é uma versão fictícia  de um coração real. É, João é isso.

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