segunda-feira, 30 de maio de 2011

Após vários meses a reflectir, sim, meses, a questão tinha, finalmente, ganho uma resposta. Tentativas falhadas aconteceram durante esses longos meses porque a dúvida persistia sempre. Mas, agora, tinha certezas do que devia fazer. Divórcio. Era a melhor solução para ele e para a esposa. E, pensando durante longos meses, chegou à conclusão que também seria o melhor para o filho. Perguntam vocês como pode ele pensar isso mas sim, pode. Porque a criança ia crescer num seio familiar nada familiar. Ia crescer numa família que não é família. Onde o pai se vira para um lado e a mãe para outro. Isso não é o melhor para uma criança. Então, a decisão estava tomada. 
A esposa não aceitava o divórcio, como era de esperar. Ele tentou mostrar o seu ponto de vista, razoavelmente consciente de que se avizinhariam tempo difíceis para ambos. Durante a conversa, tentou mostrar-lhe que era preferível acabarem agora com o casamento do que mais tarde. Ele nunca a tinha traído mas a vontade para estar com outras mulheres (uma especificamente) sempre foi enorme. Para quê esconder uma mentira que nada de mal trazia para o casamento que já estava estragado? Após esta confissão, a mulher suspeitou da traição e demorou muitos dos minutos da conversa para ficar convencida de que ele nunca a traiu. O que achas que vão pensar disto? Vão olhar todos para nós de uma forma estranha. E o Gabriel, como achas que ele vai crescer com pais separados? Eram as questões da esposa. Naquele momento, ele ficou fraco e não soube responder a nenhuma delas. Alguns dias depois falaram novamente. Ele teve respostas e ela telefonou para o advogado para começar a tratar dos papéis. 

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