quinta-feira, 2 de junho de 2011

Fui ensinado de uma forma estranha, talvez. Tem de haver uma razão para eu ser diferente de todos os outros. Algo que me tenha mudado definitivamente e tão profundamente que eu nunca fui, desde esse momento, similar a nenhum outro.
Porque eu, mesmo sem saber porquê, ponho o sofrimento dos outros à frente do meu próprio sofrimento. A felicidade deles deve, penso, acontecer primeiro do que a minha. Aliás, se alguém merece ser feliz, são os amigos, não é?
E, quando, por acaso, a felicidade dos amigos depende pura e exclusivamente da nossa infelicidade? O que fazer então?
Bom, aí sim, entra a minha provável estranha educação. Uma espécie de ordem de valores foi estabelecida. Primeiro, a família. Segundo, os amigos. Terceiro, tu e tudo o resto.  Contudo, o que fazer quando o sofrimento é insuportável e as lágrimas já se esgotaram? Qual a solução?
Distância. Uns bons quilómetros de distância. E a lembrança de que, mais cedo ou mais tarde, daquilo sentiremos falta. Porque é assim que, infelizmente acontece. Sempre.

1 comentário:

  1. "Primeiro, a família. Segundo, os amigos. Terceiro, tu e tudo o resto. " Acho que entendo isto ;)

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