quarta-feira, 1 de junho de 2011

Há sempre algo, uma mínima coisa que todas as pessoas desconhecem. E se havia algo que ele desconhecia era que os seus amigos, na verdade, não eram seus amigos. Há decisões que nós próprios temos de tomar. Não podemos deixar a pergunta espairecer no ar, à espera que alguém a apanhe e lhe dê uma resposta. Não. Temos de ser nós a dar respostas a certas perguntas. E o divórcio, era só a ele que dizia respeito. Não podia pedir que decidissem por ele. Não podia e correctamente, não queria.
A vida dá muitas voltas, quem disse, um dia, que não dava? Ninguém. Porque, podemos voltar ao ponto de partida, mas a vida dá muitas voltas. E a vida dele estava a começar uma volta alucinante por um mundo desconhecido. E sozinho, apenas contava com ele e com ele. E com ela, talvez. A mulher por quem sempre esteve apaixonado. E a mulher que sempre o amou. Os amigos decidiram julga-lo. Por motivos que absurdamente não podiam ser justificados. Acusado das muitas coisas que podia ter feito mas que por respeito à (ex)-mulher e por amor ao filho nunca o fez. Estava sozinho e tinha de aprender a viver dessa forma. Conhecer pessoas para recomeçar a usar a palavra "amigo". 

Porque, na vida, as coisas sempre serão simples para uns mas sempre serão complicadas para outros.

1 comentário: