terça-feira, 14 de junho de 2011

Há sonhos de todos os tamanhos e de todas as cores. Há sonhos que conseguimos realizar, mais cedo ou mais tarde. Há outros, contudo, que parecem destinados a serem postos de parte... Ou porque não somos tão bons como deveríamos ser ou porque, simplesmente, nos sentimos pouca disposição para partilhar aquilo que mais de sagrado temos na vida.

Os sonhos são de facto algo fantástico. João tinha muitos. O curso na área em que sempre pensou trabalhar era um deles, obviamente. Contudo, havia algo que o fascinava acima de todas as outras coisas. Algo que o fazia tremer, chorar, rir, sofrer, pensar, ver... João amava ler e, acima de tudo, escrever. Não coisas elaboradas... histórias, romances... esse não era definitivamente o seu forte.

Ele apenas ansiava pelo momento em que se sentava à secretária, em que tudo à sua volta escurecia mas tudo parecia ter sentido. As palavras fluiam e pensamentos eram postos em papel. Folhas e folhas de textos com poucas linhas...dez, quinze, aproximadamente. Era aquilo que o fazia viver. A família, o filho.... faziam-no sentir, assim como a mulher que amava naquele momento... Mas o que o fazia viver era aquele curto espaço de tempo em que podia ignorar tudo o resto e, simplesmente, existir.

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